Quando somos bem jovens e ainda estamos fazendo muitos planos para o futuro, acreditamos em muita coisa. Temos muitos sonhos e pensamos que devemos segui-los até o fim. Acreditamos nas pessoas e na vida e que tudo vai dar certo se tivermos coragem.
Mas o tempo passa e nós amadurecemos. Parece que aos poucos vamos modificando. Parece que aos poucos vamos perdendo o brilho e a coragem e nos tornando iguais a todo mundo. Vamos percebendo que algumas coisas não são tão fáceis como pareciam. Vamos percebendo que o tal “impossível” às vezes acontece, sim. E nos desanimamos. Parece que é assim que “os adultos” se tornam pessoas amargas e sem coragem. E então vem o pensamento “Logo eu, que acreditava tanto...”
Quando crescemos, vamos mudando, vamos nos adaptando a cada frustração. E parece que nos tornamos piores. E as pessoas ao redor também. Aquelas pessoas que acreditávamos que eram incríveis e originais, vão mudando também. Vão crescendo também. E vão se tornando pequenas. Nossos pais que eram super-heróis, se tornam humanos. Nossos amigos se afastam. Algumas pessoas especiais mudam tanto que não reconhecemos mais. E enquanto os outros ao nosso redor vão perdendo a coragem, como uma febre, nos contagiamos e vamos nos tornando melancólicos e descrentes da vida. Vamos desistindo dos sonhos e nos conformando com pouco. Vamos desistindo dos outros e nos tornando solitários, porque na verdade, descobrimos que os outros pouco podem ajudar nos nossos problemas.
Que esquisito! Diante disso tudo, continuo a querer acreditar que não é assim, que não é verdade. Talvez seja só a maioria, talvez alguns consigam continuar autênticos. Mas esses parecem ser tão raros. Parece prepotência acreditar que podemos fazer diferente. Somos tão comuns quanto todos os outros que desistiram daqueles pensamentos adolescentes.
E agora, que estamos “adultos”, é hora de descobrir novos caminhos. Construir tudo de novo, encarando as dificuldades da realidade. É hora de descobrir nossas próprias verdades. E talvez tentar resgatar os sonhos de uma maneira nova, com mais consciência, com mais pé no chão.
E vocês leitores? O que acham disso tudo? Será que percebem tudo isso também ou fui eu que enlouqueci?
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Um comentário:
O que eu acho?
Resumindo: ah, eu sempre me achei imatura, mesmo!
Ou... eu não cresci, continuo com 1,56m!
Ok. Acho que o maior problema dos "adultos" é acreditar somente no que eles estão vendo no momento... ou acreditar que o que eles vêem no momento é tudo o que podem ver e que é.
Ah, enfim...
Beijos!
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