domingo, 10 de agosto de 2008

Independente ou Só

Offer
Alanis Morissette

Who, who am I to be blue?
Looking my family and fortune
Looking my friends and my house

Who, who am I to feel dead?
And, who am I to feel spent?
Looking my health and my money

And where, where do I go to feel good?
Why do I still look outside me
When clearly I’ve seen it won't work?

Is it my calling to keep on when I'm unable?
Is it my job to be selfless extraordinaire?
And my generosity has me disabled by this
My sense of duty to offer

And why, why do I feel so ungrateful?
Me who is far beyond survival
Me who's seen life as an oyster

Is it my calling to keep on when I'm unable?
Is it my job to be selfless extraordinaire?
And my generousity has me disabled by this
My sense of duty to offer

And how, how dare I rest on my laurels?
How dare I ignore an outstretched hand?
How dare I ignore a third world country?

Is it my calling to keep on when I'm unable?
Is it my job to be selfless extraordinaire?
And my generousity has me disabled by this
My sense of duty to offer

Who, who am I to be blue?

Essa letra sempre me fez refletir muito. Por que há tantas pessoas se sentindo completamento sozinhas no mundo, quando o mundo é repleto de seres humanos e seu número cresce cada vez mais?
Muitos pacientes e muitos amigos me falam dessa mesma solidão. Desse vazio, essa falta que todo ser humano parece trazer na alma. Acho que esse corpo deve ser muito pequeno para o tamanho das nossas almas. Talvez isso explique porque nos sentimos tão expremidos aqui.
Continuamos todos buscando a resposta para preencher a falta no lado de fora. Muitas vezes no outro. Acreditei por muito tempo que o ser humano só pode existir na relação com o outro. Mas essa crença às vezes me enlouquece. Então, tentei acreditar que eu deveria bastar-me só. E a minha loucura parece aumentar mais pensando desse jeito.
Acho que cada um deve ter encontrado ou tenta encontrar a medida certa da solidão que pode suportar. Não deve existir uma resposta certa do quanto devemos ou não contar com o outro para suportar as nossas próprias dores.
Mas a dúvida ainda me persegue: se devo ceder ao desejo de ter alguém para me ajudar a segurar a barra quando ela for pesada demais ou se a minha felicidade é encontrar a plenitude de ser somente eu e ver todo o resto do mundo como simples imagens projetadas no cérebro.
Gostaria de acreditar que isso é possível. Mas no fundo ainda acredito que não existo no momento em que ninguém me vê, como dizem na física quântica.
Buda dizia que tudo o que vemos ao nosso redor é como um sonho. Mas dizia também que nada existe por si só e TUDO é interdependente. Preciso ainda de muita sabedoria para realmente compreender como ser independente e dependente ao mesmo tempo.

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